A alma medieval
era encantada por todas as formas de maravilhoso, mesmo as mais diversas... Há
um fato na vida de Santo Antônio de Pádua, típico deste gracioso medieval:
Estando certa
vez num povoado marítimo — o qual era repleto de hereges — Santo Antônio
dispôs-se a fazer uma pregação sobre a onipotência divina. Como ninguém vinha
escutá-lo, voltou-se para o mar e disse: “Já que não há aqui ninguém que queira
ouvir a palavra de Deus, vós, puras criaturas, vinde ouvir-me a fim de ser
confundida a indocilidade destes ímpios.” Logo surgiram milhares de peixes, os
quais, pondo a cabeça para fora da água, pareciam prestar grande atenção na
pregação de Santo Antônio. Ao fim de sua exortação, deu-lhes a bênção e
despediu-os. Diante de tal milagre, todo o povo converteu-se.
Que maravilhosa
a alma de Santo Antônio, tão humilde e cheia de fé: no desprezo a si próprio
ele vê, no fundo, um desprezo à palavra de Deus; e, para reparar a ofensa feita
a Deus, com toda simplicidade, opera um milagre extraordinário. Este foi o
espírito intrínseco da Idade Média, e mais ainda da Igreja Católica.
Quando os homens
tiverem esta fé ardente, veremos maravilhas ainda maiores.
Plinio Correa de
Oliveira – Extraído de conferência de 21/1/1974
Deus perdoa os que se confessam bem
Tudo na vida
deve ser levado a sério e mais ainda as coisas relacionadas com Deus. Por isso,
devemos praticar com muita fidelidade os ensinamentos da Igreja acerca do
Sacramento da Confissão, sempre confiantes de que, através dele, são perdoados
todos os nossos pecados, somos auxiliados a não recair neles e nos é restituída
a paz de consciência. Certa vez, apresentou-se a Santo Antônio de Pádua um
grande pecador para confessar-se. O coitado estava tão confuso que mal
conseguia falar. Chorava e soluçava com tanta veemência que não conseguia
exprimir ao Santo nenhuma de suas faltas. Para ajudá-lo o confessor sugeriu-lhe
docemente que fizesse um exame de consciência escrito:
— Vai, escreve os teus
pecados e, depois, volta para confessá-los.
O penitente seguiu o conselho.
Depois, leu no confessionário as suas faltas, tal como as havia escrito. Assim
que terminou a Confissão, grande milagre! O papel onde o pecador havia escrito
cuidadosamente suas ofensas a Deus ficou completamente em branco, pois tudo o
que havia sido escrito desaparecera! Este prodígio muito nos consola e anima
para nos aproximarmos com retidão e confiança do Sacramento da Penitência, que
é capaz de destruir em nós o pior mal que existe, o pecado. Nosso Senhor
instituiu este Sacramento para todos os membros pecadores da sua Igreja,
dando-lhes uma nova possibilidade de se encontrarem com Deus e de restaurarem a
amizade com Ele.
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