Muitos fatos
nas vidas dos Santos, contados na sua singeleza, têm um sabor de historietas
encantadoras, mas, no fundo, possuem altíssimo significado, e nos falam da confiança
invencível.
Ilustra
muito bem essa verdade o episódio ocorrido na vida de São Mauro e São Plácido,
dois jovens discípulos de São Bento, narrado por São Gregório Magno. Conta-nos
este que São Plácido, o mais novo deles, estava se afogando nas águas de um
rio. Vendo o religioso em perigo, São Bento ordenou que São Mauro o fosse
resgatar. Este não hesitou um instante e, obedecendo à ordem do Superior,
lançou seu escapulário nas águas e andou sobre ele, como sobre um tapete.
Chegou até São Plácido, o tirou do rio e os dois retornaram andando na
superfície líquida, de volta para junto de São Bento.
Muitos
dirão: “Milagre da obediência!”
Sem
dúvida. Entretanto, também a confiança tem seu prêmio próprio. Ela é uma forma
de obediência. É uma espécie de pressentimento interior, nascido de uma ação da
graça, que nos faz sentir com inteira certeza que algo desejado pelos melhores lados
de nossa alma se realizará. Essa é a definição da confiança.
Plinio Correa de Oliveira
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