São
Nuno de Santa Maria, como dizia seu epitáfio, foi "o famoso Nuno, o
Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que
durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da
morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos". Dotado de grande gênio
militar demonstrado em várias ocasiões em que se mostrou um digno defensor de
Portugal, "suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as
costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge", como bem
descreveu o autor da inscrição gravada em seu túmulo, lamentavelmente destruído
por ocasião do grande terremoto que abalou Lisboa em 1755.
Nascimento e infância
24 de
junho (Natividade de São João Batista) de 1360 foi o dia de seu nascimento, mas
a localidade permanece incerta. Era uma época de grande corrupção, em que
imperavam os costumes dissolutos em várias camadas da sociedade. Mesmo assim o
jovem Nuno recebeu a melhor educação que na época se podia dar, e desde tenra
idade manifestou capacidade de trabalho, grande inteligência e excelente
raciocínio, sendo exemplarmente aplicado aos estudos, no que se distinguia
entre seus irmãos pelo aproveitamento e saber. Detinha muita habilidade física
demonstrada nos exercícios de força e destreza.
Recebeu
ele sólida instrução religiosa, a qual não o revestiu apenas de conhecimentos,
mas também da vida de piedade que lhe era o alimento espiritual para as
atividades do dia-a-dia. Cultivou a virtude da castidade, associada a uma
profunda devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus.
Adolescência e casamento
Aos
treze anos seu pai fez com que o jovem Nuno iniciasse nova vida, destinando-o a
ser um cavaleiro: partiu então para a corte, tornando-se pagem de Dona Leonor,
a Rainha.
Nuno
amava a leitura, imergindo nos livros sobre a cavalaria, instituição medieval
que ocupava importante lugar na sociedade da época. Os textos sobre o Rei Artur
e os Cavaleiros da Távola Redonda lhe causavam admiração. A leitura dos feitos
militares o preparou para os encargos que lhe seriam confiados, e que ocupariam
importante lugar na história da nação lusitana.
Três
anos e meio passou Nuno na corte. A admiração por Galaaz (Galahad) - seu herói
predileto na história do Rei Artur - o inclinou a preferir a virgindade
celibatária ao matrimônio, tal como o lendário combatente, a fim de também
praticar feitos heroicos, mas as intenções de seu pai o fizeram tomar um
diferente rumo: uma permissão papal para que ele desposasse sua prima Leonor de
Alvim, e também a concordância desta, precederam o comunicado ao jovem Nuno,
então com dezesseis anos. Atônito com a informação que seu pai lhe transmitia
somente ao fim de uma seguidilha de providências, Nuno pediu tempo para pensar,
mas o genitor insistiu na ideia através de Iria, sua mãe, a qual teve como
resposta a informação de que ele decidira permanecer solteiro. Não satisfeito,
o pai de Nuno provocou nova investida através de um primo e um genro, ambos
amigos íntimos de seu filho, sendo finalmente obtido o consentimento para as
bodas, as quais foram realizadas sem festa por ser a noiva uma jovem viúva.
Com a
esposa, Nuno passou a ter uma vida pacata, administrando suas propriedades.
Participava diariamente de duas Missas (três, nos dias santificados), e nas
viagens fazia-se acompanhar de um sacerdote para não faltar ao Santo
Sacrifício. Após o primeiro ano de vida matrimonial nasceu a primeira filha do
casal, Beatriz, e posteriormente outros dois filhos (que morreram com pequena
idade).
Nuno, o combatente
De
estatura média e bem proporcionado, Nuno tinha pele clara e cabelos ruivos, com
uma pequena barba pontiaguda. Suas sobrancelhas eram arqueadas, abaixo das
quais brilhavam olhos pequenos, porém vivos e expressivos, e, compondo a face,
nariz fino e pontiagudo e boca pequena. Sob um aspecto aparentemente franzino,
Nuno exibia uma constituição forte e robusta, própria a suportar a vida
guerreira, só superada pela grandeza de alma e fortaleza cristã que detinha.
As
circunstâncias de então não permitiram que se estendesse por muito tempo a vida
tranquila do feliz casal: inicia-se uma guerra entre dois reinos - Castela e
Portugal - e Nuno tomou as armas a pedido do rei, iniciando assim um novo
capítulo na história de sua vida. Chegado pouco antes à maioridade, Nuno ardia
em desejos de servir à pátria, e assim passou a ostentar audácia e valor como
guerreiro, sendo seus feitos admirados pela nobreza e pelo povo.
Em 1383
o rei português D. Fernando morrera sem deixar descendência masculina para
herdar a coroa, e sua filha única - Da. Beatriz - fora casada naquele ano com o
rei castelhano Juan. A insatisfação em Portugal para com a rainha Da. Leonor,
que regia o país em nome da filha, era grande, querendo-se que o Mestre de Avis
(filho natural do falecido rei D. Pedro I) ficasse à frente do reino,
evitando-se assim que o país fosse anexado a Castela. A rainha regente preferia
a anexação, por motivos familiares: sua filha Da. Beatriz havia se casado com o
rei castelhano. Essa situação causou o chamado interregno, ou crise de
1383-1385, sendo um período de guerra civil e anarquia na história lusitana.
As
habilidades guerreiras de Nuno foram por todos admiradas na Batalha dos
Atoleiros (6 de abril de 1384, véspera da Quinta-Feira Santa), em que novas
técnicas para defender as forças de infantaria frente a um número superior de
inimigos mostraram-se eficazes: houve muitas baixas entre os castelhanos, bem
mais numerosos, não havendo uma única morte entre os combatentes portugueses,
motivo de especial reconhecimento pela proteção divina (o próprio comandante
havia estimulado a todos os membros de suas tropas a que confiassem em Deus e
em Nossa Senhora). Porém na Batalha de Aljubarrota (14 de agosto de 1385) é que
foi selada a derrota definitiva dos castelhanos, imposta pelo rei português D.
João (reconhecido como ocupante do trono pouco antes, em 6 de abril, primeiro
aniversário da Batalha dos Atoleiros) e seu fiel Condestável, Nuno, tendo sido
este último quem definiu inteligentemente o local onde o combate seria travado,
pois pôde estudar a área com antecipação (chegaram a se utilizar de táticas
defensivas utilizadas vários séculos antes, pelas legiões romanas). Sendo
véspera da Assunção da Virgem, o costume impunha que fosse feito jejum naquela
data que antecedia a festividade mariana, e nesse estado o combate foi
iniciado, e vencido (momentos antes de iniciada a batalha os soldados
participaram da Santa Missa, podendo comungar todos os que o desejaram, tendo
havido disponibilidade para confissões no dia anterior). Apesar das buscas
feitas pelos portugueses aos castelhanos
vencidos, a fim de exterminá-los, o Condestável Nuno deu ordem para que fosse
suspensa a perseguição, dando trégua aos combatentes fugitivos para que se
evadissem, salvando assim suas vidas. E assim D. João I foi consolidado como
rei de Portugal, iniciando a dinastia de Avis: estava satisfeita a ambição de
Nuno, que o queria como rei, mas nem por isso depôs as armas, pois de outras
batalhas teria ainda de participar (muitas partes do território português ainda
se encontravam em poder do rei de Castela, sendo ansiada a sua recuperação).
Em
certa ocasião três batalhões retomavam cidades que haviam caído sob ocupação
inimiga. No local chamado São Félix os habitantes recusaram render-se ao
comandante Vasques da Cunha, dizendo que só se renderiam ao batalhão de Nuno.
Vasques irritou-se profundamente, estando a ponto de invadir a localidade, mas
seus companheiros fizeram-lhe ver que assim seria vertido sangue
desnecessariamente, obrigando o comandante a conter sua raiva. E depois os
habitantes renderam-se pacificamente às tropas de Nuno.
Condestável de Portugal
O rei
D. Fernando havia criado o cargo de Condestável do Reino, confiado em 1382 ao
Conde de Arraiolos. Nuno foi o segundo a receber tal título (que lhe foi
conferido em 1384, detendo-o até à sua morte em 1431), que caracterizava quem o
detinha como a segunda pessoa na hierarquia militar portuguesa, depois do
monarca. A ele estava atrelada a responsabilidade de comandar campanhas
militares na ausência do rei, e a manutenção da disciplina no exército.
A virtude angélica
Nuno
levava muito a sério a questão da moralidade entre seus criados e vassalos,
estimulando-os no sentido de levarem uma vida correta. Procurava regularizar e
auxiliar os matrimônios, banindo de suas terras os relapsos e recalcitrantes.
Com o
aumento de seu poderio e popularidade, Nuno passou a ter sua autoridade
respeitada pelos seus homens, e decidiu acabar com o costume da companhia
feminina no exército, o que quase causou uma sublevação dos comandados, mas a
inflexibilidade do Condestável venceu. Os soldados foram convencidos de que
tinham obrigação de cumprir seus deveres para com a religião. Mais tarde Nuno
admitiu que aquela ordem lhe fora de dificílima execução, e que nunca receara
tanto uma batalha como aquele momento em que a dera.
Além de
promover a castidade, Nuno vigiava de perto os seus soldados, não lhes
permitindo jogos de azar e outros vícios.
Ofensa ao patriotismo lusitano
Morta a
esposa do rei Juan de Castela, a princesa Da. Beatriz (que contava dez anos)
fora dada em casamento ao monarca viúvo por seu pai, o rei português D.
Fernando, de quem a morte já se aproximava. Era uma tentativa de evitar
problemas políticos que poderiam surgir com os castelhanos por causa da rainha
Da. Leonor, sua esposa (detestada por numerosos membros da sociedade)
estipulando-se que desse matrimônio sairia o herdeiro do trono português.
Aos
esponsais compareceram importantes membros da aristocracia lusitana, além da
rainha Da. Leonor (o rei, enfermo, não pôde se fazer presente). Nuno e seu
irmão Fernão estavam nessas bodas, e após cumprirem os deveres de cortesia para
com os numerosos convidados depararam-se com uma situação inusitada: os lugares
que lhes estavam reservados em uma mesa haviam sido ocupados por outras
pessoas, que ali se banqueteavam, desrespeitando as obrigações sociais,
políticas e diplomáticas. Nuno então se dirigiu ao irmão, dizendo: "Nós
não temos prol nem honra de aqui estar.
Vamo-nos,
pois, para a nossa pousada. Mas antes disso eu quero fazer com que estes, que
tão pouco nos prezaram e nos escarneceram, fiquem eles escarnecidos". Não
por amor próprio ofendido, e sim por patriotismo ofendido, Nuno levantou a
tábua da mesa com as mãos, e com a perna derrubou-lhe a sustentação, fazendo
com que fosse ao solo tudo o que sobre ela estava. E em seguida abandonou
serenamente o recinto, onde estavam o rei Juan de Castela, a rainha Da. Leonor
de Portugal, e numerosos convidados boquiabertos. Tendo pedido informações
sobre aquele senhor, o rei Juan inteirou-se de quem era Nuno: vaticinou então
que quem assim procedia em semelhante ocasião seria capaz de proezas ainda
maiores.
Profunda religiosidade e respeito
para com as coisas sagradas
A
religiosidade sempre esteve presente na vida de Nuno. Ao elaborar sua bandeira
- estandarte militar - tomou ele o cuidado de nela inserir componentes
religiosos, o que lhe permitia (e a seus comandados) ajoelhar-se diante dela
para implorar a ajuda da corte celeste em cada empreitada. Era uma bandeira
branca, dividida em quadrantes pela cruz de São Jorge, apresentando uma cena da
crucifixão (com a Virgem e São João aos pés de Cristo agonizante), uma cena de
Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços, e os guerreiros São Jorge e São
Tiago ajoelhados um frente ao outro (e a cruz branca sobre fundo vermelho,
emblema dos Pereiras, atrás de cada um destes últimos).
Vencida
a batalha dos Atoleiros, Nuno dirigiu-se no dia seguinte (Quinta-Feira Santa de
1384) à capela de Nossa Senhora da Assunção, nas proximidades, a fim de render
graças pela vitória obtida, mas entristeceu-se profundamente até às lágrimas ao
perceber que o templo havia sido profanado pelos inimigos, que em passagem por
ali a utilizaram como cocheira para seus animais. Ele próprio pôs mãos à obra,
iniciando a limpeza a fim de devolver a capela ao culto.
Mesmo
em tempos de guerra Nuno assistia ("ouvia", como se dizia na época)
diariamente a Santa Missa, duas vezes se possível, e até mesmo três em dias
especiais, e para isso sempre se fazia acompanhar de ao menos um sacerdote nas
viagens e deslocamentos. Tinha momentos definidos para as orações, e, quando
não os podia respeitar face aos deveres militares, resgatava-os depois, usando
os momentos que deveria destinar ao repouso. Desde a infância habituara-se a
rezar as matinas, chegando a receber o apelido de "Nuno Madruga".
Diariamente fazia a confissão sacramental, com confissão geral quatro vezes
cada ano (vigílias do Natal, Páscoa, Pentecostes e Assunção da Virgem); nessas
festividades recebia a comunhão, o que era considerado exagero em uma época em
que a recepção desse sacramento ocorria raramente (a quem manifestava objeção,
respondia Nuno que a força nos combates por ele manifestada tinha origem na
Eucaristia).
Certa
vez um dos soldados de Nuno cometeu um sacrílego roubo em uma igreja, ao se
apoderar da mais sagrada das alfaias litúrgicas: um cálice. Julgado pelo
gravíssimo crime, o ladrão foi condenado à fogueira, mas o Condestável escutou
as súplicas de seus companheiros, comutando a pena quando o fogo já começava a
arder: expulsão do exército, com proibição de combater sob sua bandeira (o que
para alguns soava como algo pior que a morte).
Quando
o Santíssimo Sacramento era exposto, não era fácil a Nuno ausentar-se, e
chegava mesmo a deixar de lado as refeições. Vultosas doações para aquisição de
paramentos e objetos litúrgicos eram por ele feitas, inclusive cera e azeite
para velas e lamparinas destinadas ao culto. Custeou Nuno a construção de
numerosas igrejas (inclusive a que foi dedicada a Santa Maria da Vitória, em
Batalha), e também o Carmelo de Lisboa, onde findou seus dias.
Em
todos os combates portava Nuno um relicário com um fragmento do Santo Lenho.
Tinha também relicários nos quais havia relíquias de numerosos santos a quem
tinha especial devoção: São Tomás de Aquino, São Cosme, São Damião, São
Silvestre Papa, Santo Ambrósio, São Gregório Magno, Santo Agostinho, São Bento,
São Bernardo, São Domingos, São Francisco, alguns apóstolos e evangelistas, e
vários mártires dos primeiros tempos da Igreja, entre outros. Também mantinha
em relicários fragmentos de lugares e objetos veneráveis: Santo Sepulcro,
Presépio, Casa de Loreto, e também o Agnus Dei (cera do círio pascal bento pelo
Papa).
Viuvez e entrada no mosteiro da
Ordem do Carmo
Nuno e
Leonor tiveram uma vida matrimonial exemplar, apesar dos afastamentos do
Condestável para o serviço da pátria. Em 1387 Nuno mais uma vez deslocou-se em
viagem para atender um chamado do monarca, como procurador dos fidalgos do
reino. Tendo-lhe chegado a notícia de que sua esposa adoecera gravemente,
viajou para o Porto, cidade onde ela se achava, mas não a tempo de encontrá-la
com vida. Ficara ele viúvo com apenas 27 anos, tendo como familiares próximos
sua filha e sua mãe, tendo esta última chegado à idade longeva (morreu com
quase cem anos). Do casamento de sua filha Beatriz com o Duque de Bragança
originou-se a Casa de Bragança, que reinaria em Portugal a partir de 1640.
Alcançada
a paz no reino, o Condestável, tendo distribuído seus bens (detinha uma das
maiores fortunas da Península Ibérica) e perdoado todas as dívidas, ficou
apenas com a roupa que vestia, e aos 62 anos ingressou na ordem carmelitana,
onde a vida contemplativa era a sua única ambição. Sua chegada ao convento teve
a participação de toda a comunidade ali residente, da qual recebeu as boas
vindas, dirigindo-se o novo irmão à
igreja onde - prostrado diante do altar e com olhos lacrimejantes - agradeceu a
Deus por ali, finalmente, estar. Desfazendo-se até mesmo do nome de família,
passou a chamar-se Nuno de Santa Maria. Na cela de seu uso, cujo mobiliário era
composto por um leito formado por duas tábuas, havia apenas dois cobertores
grosseiros (um para cobrir as tábuas, e outro para cobrir o religioso), um
Crucifixo, e os instrumentos pessoais de penitência. Durante sua vida
conventual quase partiu para outra empreitada militar, mas o inimigo desistira
quando soube que o Condestável o enfrentaria.
Ao
tornar-se religioso carmelita, Frei Nuno redobrou as suas penitências
corporais, fazendo uso dos instrumentos que para isso eram habituais (cilícios
e disciplinas). Fazia jejum três vezes por semana durante todo o ano
(diariamente por ocasião do Advento), jejuando também a pão e água aos sábados
para honrar a Mãe de Deus. Percebendo o enfraquecimento corporal, seus
superiores lhe determinaram sob obediência a mitigação dos jejuns, ordem
cumprida no seu limite mas não a ponto de lhe lisonjear o paladar.
Morre o Santo Condestável
Aproximando-se
o momento de partir para a eternidade, Nuno pediu os últimos sacramentos, tendo
feito uma confissão geral que abrangeu toda a sua vida. Recebida uma vela (que
portou na mão esquerda) e um Crucifixo (na mão direita), pediu que lhe fosse
lida a Paixão, segundo o evangelho de São João: às palavras "eis o teu
filho", sua alma partiu deste mundo. Contava 71 anos e 11 meses, sendo seu
corpo exposto na igreja do mosteiro, onde foi visitado pela quase totalidade
dos habitantes de Lisboa que ali compareciam para dar adeus a seu valoroso
compatriota. Beatificado em 1918 por Bento XV, o Condestável foi canonizado por
Bento XVI em 26 de abril de 2009.
Nuno
de Santa Maria Álvares Pereira,
(http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/2009/ns_lit_doc_20090426_nuno_po.html)
- Vida
e Obra de Dom Nuno Álvares Pereira, o santo condestável (G. Leslie Baker, Via
Occidentalis Editora, 2009)
- A
Vida de Nun'álvares (J. P. Oliveira Martins, Parceria A. M. Pereira Livraria
Editora, 1928)
http://www.tv.arautos.com.br/especial/3635/Sao-Nuno-de-Santa-Maria--Nun-rsquo-Alvares-Pereira--o-Condestavel-.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário