A fisionomia de Santa Catarina
de Bolonha é distendida. O mais expressivo deste semblante está nos lábios
cerrados, longos e finos, com um leve sorriso, ao mesmo tempo de afabilidade e
de acolhida, como quem, com muita suavidade, mas com uma enorme transcendência,
sorri de desdém de todas as coisas da vida, e diz: “Olhe, tudo isso não é nada,
tudo acaba, não tem importância; a figura das coisas terrenas passa, só a
eternidade fica. Eu passei por tudo, sofri todas as dores, tive todas as provações,
e terminados esses sofrimentos sorrio para eles. Porque aquilo que foram mares
encapelados, precipícios temíveis, montanhas intransponíveis, fica para trás.
De longe, eu sorrio para tudo isso e percebo que só a eternidade é séria.”
(Plinio Correa de Oliveira)
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