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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

BEATA ELISABETH CANORI MORA


Beatificada por João Paulo II em 24/4/1994. Um retrato no-la mostra aos 22 anos, como uma muito distinta jovem senhora. Filha de uma boa família romana, ela foi educada no recolhimento de um convento. Voltando a Roma com 17 anos, foi logo introduzida na sociedade. Lá, como ela mesma o diz, “esquecida de Deus” e “prisioneira dos nadas do mundo”, ela cedeu a “sua tendência de bem vestir-se, de procurar a boa sociedade, a querer ser uma mulher importante”. Ela se casou com a idade de 22 anos com um jurista de bela aparência, Christofero Mora, também abastado e de boa família romana. Ela deu à luz quatro filhas; duas das quais morreram depois do parto.
Entretanto, o matrimônio “não foi feliz”: seu marido tomou cedo uma concubina e tornou-se um perdulário que cada vez mais negligenciava a mulher e as filhas. Aos 27 anos, Elisabeth teve uma crise. Uma doença do estômago a leva aos bordos da sepultura; ela recebe a Unção dos Enfermos. Esta provação, diz ela, “levou-a a abandonar “os nadas” deste mundo. Em oração implorei sem descanso misericórdia e perdão. Eu esperava unicamente nos méritos de Jesus. Eu me ofereci inteiramente a Ele. Eu Lhe consagrei toda minha pessoa para a vida e para a morte...”
Ela se restabeleceu. Deus não é mais esquecido ou degradado como coisa colateral, mas o centro de sua vida. “Deus pôs novamente minha vida inteiramente em ordem, eu me ofereci a ele para seu santo serviço”. Ela pode dizer “Tu me venceste, santo Amor; Tu venceste a dureza de meu amor-próprio”.
Na presença de Deus ela formou o propósito de “praticar a mansidão e nunca ficar aborrecida pelas ofensas do próximo — não desejar o que serve meu interesse pessoal, mas em todos os instantes da vida cumprir a santa vontade de Deus —, de praticar as virtudes da castidade, da pobreza, da obediência, da humildade, da mortificação e da penitência”.
No amor de Jesus Cristo ela permanece fiel a seu marido; ela não se deixa separar dele também internamente: “A mulher com a qual ele se casou, lhe pertencerá para sempre e com ela sua família e sua casa. As portas da casa estão sempre abertas...” Ela reza e se sacrifica por ele; ela educa suas filhas nesse sentido. Entretanto, ela não dá seu consentimento à relação adúltera que ele quer fazê-la aceitar. Irritado com isso, ele reage com brutais maus tratos, com caçoadas e desprezo pela sua religiosidade. Ela, contudo, profetiza: “Depois de minha morte, tu voltarás a Deus e O honrarás”. No amor de Jesus Cristo ela está também livre de inveja e de ódio pela amante de seu marido; ela reza ao Senhor para que “ela possa encontrar no Céu a amada de meu marido”. Ela vende todos seus bens para poder pagar um tratamento a seu esposo e para preservá lo da prisão por dívidas. Finalmente, trabalha como costureira para sustentar a família.
Como sua conhecida, a bem aventurada Ana Maria Taigi, ela se torna Terciária da Ordem dos Trinitários e se dedica aos pobres e aos doentes e às famílias em necessidade. Misticamente favorecida, tem visões sobre o futuro da Igreja, rezando e se sacrificando pelos interesses desta.
Por ordem de seu confessor, ela relata por escrito a história de sua alma e suas experiências espirituais; são 1.160 páginas manuscritas.
Elisabeth morre a 5 de fevereiro de 1825 nos braços de sua filha Luciana. Ela ainda recomenda a suas filhas: “Não esqueçais o respeito e a consideração que deveis a vosso pai”. Depois de sua morte, Christoforo Mora se converte; e morre como sacerdote dos Franciscanos Conventuais.
Fontes:
Der Fels, junho de 1994 (tradução).
AAS 20 (1928) 111. — Antoni Pagani, “Biografia della Ven. Elisabeth Canori Mora”; Roma 1911.

Traduzido para o alemão e publicado sob o título “Die Visionariu Rom”, Theresia Verlag, CH 6423 Suwies   Suíça

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