Beatificada por João
Paulo II em 24/4/1994. Um retrato no-la mostra aos 22 anos, como uma muito
distinta jovem senhora. Filha de uma boa família romana, ela foi educada no
recolhimento de um convento. Voltando a Roma com 17 anos, foi logo
introduzida na sociedade. Lá, como ela mesma o diz, “esquecida de Deus” e
“prisioneira dos nadas do mundo”, ela cedeu a “sua tendência de bem vestir-se,
de procurar a boa sociedade, a querer ser uma mulher importante”. Ela se casou
com a idade de 22 anos com um jurista de bela aparência, Christofero Mora,
também abastado e de boa família romana. Ela deu à luz quatro filhas; duas das
quais morreram depois do parto.
Entretanto, o
matrimônio “não foi feliz”: seu marido tomou cedo uma concubina e tornou-se um
perdulário que cada vez mais negligenciava a mulher e as filhas. Aos 27 anos,
Elisabeth teve uma crise. Uma doença do estômago a leva aos bordos da
sepultura; ela recebe a Unção dos Enfermos. Esta provação, diz ela, “levou-a a
abandonar “os nadas” deste mundo. Em oração implorei sem descanso misericórdia
e perdão. Eu esperava unicamente nos méritos de Jesus. Eu me ofereci
inteiramente a Ele. Eu Lhe consagrei toda minha pessoa para a vida e para a
morte...”
Ela se restabeleceu.
Deus não é mais esquecido ou degradado como coisa colateral, mas o centro de
sua vida. “Deus pôs novamente minha vida inteiramente em ordem, eu me ofereci a
ele para seu santo serviço”. Ela pode dizer “Tu me venceste, santo Amor; Tu
venceste a dureza de meu amor-próprio”.
Na presença de Deus
ela formou o propósito de “praticar a mansidão e nunca ficar aborrecida pelas
ofensas do próximo — não desejar o que serve meu interesse pessoal, mas em todos
os instantes da vida cumprir a santa vontade de Deus —, de praticar as virtudes
da castidade, da pobreza, da obediência, da humildade, da mortificação e da
penitência”.
No amor de Jesus
Cristo ela permanece fiel a seu marido; ela não se deixa separar dele também
internamente: “A mulher com a qual ele se casou, lhe pertencerá para sempre e
com ela sua família e sua casa. As portas da casa estão sempre abertas...” Ela
reza e se sacrifica por ele; ela educa suas filhas nesse sentido. Entretanto,
ela não dá seu consentimento à relação adúltera que ele quer fazê-la aceitar.
Irritado com isso, ele reage com brutais maus tratos, com caçoadas e desprezo
pela sua religiosidade. Ela, contudo, profetiza: “Depois de minha morte, tu
voltarás a Deus e O honrarás”. No amor de Jesus Cristo ela está também livre de
inveja e de ódio pela amante de seu marido; ela reza ao Senhor para que “ela
possa encontrar no Céu a amada de meu marido”. Ela vende todos seus bens para
poder pagar um tratamento a seu esposo e para preservá lo da prisão por
dívidas. Finalmente, trabalha como costureira para sustentar a família.
Como sua conhecida,
a bem aventurada Ana Maria Taigi, ela se torna Terciária da Ordem dos
Trinitários e se dedica aos pobres e aos doentes e às famílias em necessidade. Misticamente favorecida, tem visões sobre o futuro da Igreja,
rezando e se sacrificando pelos interesses desta.
Por ordem de seu
confessor, ela relata por escrito a história de sua alma e suas experiências
espirituais; são 1.160 páginas manuscritas.
Elisabeth morre a 5
de fevereiro de 1825 nos braços de sua filha Luciana. Ela ainda recomenda a
suas filhas: “Não esqueçais o respeito e a consideração que deveis a vosso
pai”. Depois de sua morte, Christoforo Mora se converte; e morre como
sacerdote dos Franciscanos Conventuais.
Fontes:
Der
Fels, junho de 1994 (tradução).
AAS
20 (1928) 111. — Antoni Pagani, “Biografia della Ven. Elisabeth Canori Mora”;
Roma 1911.
Traduzido
para o alemão e publicado sob o título “Die Visionariu Rom”, Theresia Verlag,
CH 6423 Suwies Suíça
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